sexta-feira, 12 de março de 2010

" Só sei que nada Sei "

Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor flor o o e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminhoVerdes, planta e sentimento
Folhas, coração,Juventude e fé.

Wagner Tiso / Milton Nascimento
Coração de estudante


Há algum tempo venho lendo o livro psicologias escrito por Ana M. Bahia Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes T. Teixeira.
Apesar de não estudar nessa área, o livro foi indicado por uma pessoa próxima na qual havia me falado deste livro, dizendo que seria um “Resumão” da psicologia. Sempre tive um grande interesse e curiosidade nessa área, para mim, a mente do ser humano é uma das coisas mais interessantes a ser estudada, temos tal capacidade de intelecto que nem nós mesmos ainda temos consciência!

Mas que coisa é o homem,
que há sob o nome:
uma geografia?

um ser metafísico?
uma fábula sem
signo ou desmonte?

Como pode o homem
sentir-se a si mesmo
quando o mundo some?

Como vai o homem
junto de outro homem,
sem perder o nome?

E não perder o nome
e o sal que ele come
nada lhe acrescenta

nem lhe subtrai
da doação do pai?
Como se faz um homem?

Apenas deitar,
copular, à espera
de que do abdômen

brote a flor do homem?
Como se faz
a si mesmo, antes

de fazer o homem?
Fabricar o pai
e o pai e outro pai

e um pai mais remoto
que o primeiro homem?
Quanto vale o homem?

Menos, mais que o peso?
Hoje, mais que ontem?
Vale menos, velho?

Vale menos, morto?
Menos um do que outro,
se o valor do homem

é a medida do homem?
Como morre o homem,
como começa?

Sua morte é fome
que a si mesma come?
Morre a cada passo?

Quando dorme, morre?
Quando morre, morre? (...)

Carlos Drummond de Andrade
Especulações em torno da palavra homem


Um dos capítulos que mais me chamou a atenção foi o qual se discute os mitos sobre o homem, neste capitulo também surge o questionamento: Quem é o homem?
Eu me interessei bastante nesta pergunta e fiquei horas e horas com ela em minha cabeça... O tema “ser”, “homem”; é algo bem polêmico de se discutir, a pergunta, “De onde viemos” entre essas que inclui a nossa existência é algo profundo a se buscar.

Porém para mim, além disso, há algo mais necessário antes de tudo a se pensar.
Que somos nós? ... Ou melhor! Devemos nós perguntar: Quem sou eu?
No espiritismo buscamos “evoluir” nessa caminhada, como evoluir?
Evoluir moralmente seria a resposta, aprender a amar o teu próximo e instruí-lo, fazer a caridade...

“Fora da caridade não a salvação”

Pois então lhes digo... Antes de tudo e acima de tudo está a “evolução interior do seu ser” é necessário que se olhe para dentro de si e faça analises, onde se deve fazer o toque final...
O seu interior é o bem mais valioso que você pode carregar consigo! É necessário que se faça sempre uma reforma moral. Assim, estando em paz com “ o seu eu” , você poderá estar em paz com seu próximo.


“Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto”

Não é só na crença popular que está presente a idéia que o ser humano nasce já dotado de qualidades, estuda-se que ao decorrer de sua vida, o homem com tal capacidade dotada deixa essas qualidades se manifestarem, ou as deixam adormecidas ao decorrer de suas vidas.
A questão é... Se nós podemos escolher, porque não escolher o caminho das rosas? Os espinhos machucam, mas as rosas exalam perfume... Tal aroma que lhe ameniza a dor das feridas que são curadas com o amor que você constrói dentro de si.

Um comentário:

  1. Tête... Eu te amo de amor, mais tenho que admitir discordar de alguns aspectos. " [...] tando em paz com “ o seu eu” , você poderá estar em paz com seu próximo. " Isso é bastante relativo. A pessoa pode estar bem com o seu eu e ser nocivo ao próximo. Tem o exemplo que um amigo meu que faz psicologia me citou: " O filho se sentia feliz em bater na própria mãe, e eu como psicólogo fiquei apático mas se ele se sente feliz consigo mesmo é isso que ele deve fazer mas eu como psicólogo devo falar com ele e mostrar uma maneira mais sociavel dele descontar a própria raiva ". "Pau que nasce torno nunca se endireita. (menina que requebra mãe pega na cabeça. Domingo ela não vai, vai vai! Domingo ela não vai não, vai vai vai!)" O problema principal é, que as pessoas nem sempre constroem amor dentro delas, mas isso não as impede de ser feliz. O caminho das rosas nem sempre é tangível a todos e é de acordo com as leis naturais que vivemos! Vivemos para a sociedade e aceitamos aquilo que lhe é certo! Por isso pensamos que o mundo deveria ser feito só de amor. Mas concordo plenamente quando você diz que o interior é o que mais importa, sem nos prendermos unicamente no amor e sim na forma em que nos fazemos felizes ou infelizes :S (A felicidade também é relativa). Mas parabéns Tetê, seu blog está incrível! As questões a respeito do 'Homem','sua origem' e 'propósito' devem ser abordadas com cautela, assim como você fez, mas é uma conversa que dá um extenssíssimo "pano-pra-manga". Beijos Tetê, te amo de amor! ;)

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